terça-feira, 28 de setembro de 2010

Alforria

Trago
Em meus bolsos rasos
Papéis rabiscados
"Sofrido"
Amassados
De tanto esperar
Por palavras de meu próprio cunho
Ideias onde,
Passado e futuro
"ão" de se encontrar
Num rastro,
Sereno e profundo
Liberto
Em frases ao mundo
Os escravos detidos
No próprio pensar

Nada

Um espaço entre o vazio
- O do início -
E o completo inacabado
Um extremo entre mundos
Vários mundos,
Abstratos...
Sobre o nada,
Nada além...
Do que não sei,
Pois já nem sei
Se o que me faltam são ideias
Ou
As ideias é que me faltam
Meu longo silêncio me faz parecer
Mais criativo que minhas longas
E "belas" palavras
E
Se do nada, nada vem...
Para o nada, nada acaba


Inspirado em Acaso tudo é eterno?Ou não é? De Voltaire

sábado, 25 de setembro de 2010

Sem saber o que escrever II

...Como se a mente se recusasse a permitir à mão o simples ato de deslizar a caneta sobre o papel. E quando esta, num ato corajoso de afronta à "inércia de criatividade" o faz, o que se vê são apenas fragmentos rabiscados em pedaços de papel amassados, unicamente destinados à abarrotar os bolsos ou, a misturar-se à sujeira abandonada pelas ruas. Nada com início ou fim, apenas meios.
Poesias em prosa, pois os versos já não rimam. Tudo parece já ter sido dito nas canções, mesmo que tudo o que se ouça não passe do som do silêncio ecoando num deserto habitado pelo "coveiro" da razão.
O que me resta é continuar pelas linhas tortas, pois escrever certo, deixo para o Criador .